26.11.05

LOGOTIPO



Anúncio do ROTINA ZERO.
Feito pela SETEPROPAGANDA
www.setepropaganda.com.br

11.10.05

Pensamento

"Quando você é jovem, tem boa memória, mas lhe faltam histórias para contar; mais velho, tem muitas histórias, mas a memória já não ajuda."

Ricardo kotscho - Jornalista

3.10.05

Eu digo NÃO!

Nãoooooooooooooooooooo! Finalmente, hoje, ouvi uma opinião contra essa coisa toda de desarmamento. Foi durante um intervalo do Jornal da CBN. Como sou um ser pensante, dotado de encéfalo altamente desenvolvido e polegar opositor, estranhei muito o fato de a mídia toda estar fazendo essa campanha do “sim”, colocando as mais diversas celebridades tentando me convencer a votar no número dois. Afinal, o que Xuxa, Ana Maria Braga, Maitê Proença e Angélica entendem do assunto? Em vez de "estrelas" (algumas cadentes) por que não colocam o presidente da república, o secretário de segurança, a governadora ou o prefeito para emitirem suas opiniões contrárias? Por que não se estabelece uma dialética para que o cidadão tire suas prórpias conclusões e, assim, tenha mais liberdade de escolha? É.. isso serve de exemplo para se pensar melhor antes de votar nesse referendo que, ao meu ver, não vai fazer com que as coisas mudem! Muito pelo contrário: só fará com que o governo gaste R$200 milhões (fora o caixa 2) do nosso bolso. Pense bem!

30.9.05

Simpatia para (NÃO) dar e (SIM) vender


Aula de rádio e TV. A professora pediu aos alunos que fizessem um vídeo de 5 minutos sobre “simpatia”. X, na porta da faculdade, tentou colher seu primeiro depoimento para o documentário. Ela foi entrevistar a “tia” que vende empada...

- Oi! Posso gravar um depoimento da senhora para um trabalho da faculdade?
- Agora não! Num ta vendo que eu estou trabalhando, garota!?
- É rapidindo...
- Então tá, mas fala logo o que é!!!
- A senhora se considera simpática?
- Claro! Não tá vendo, não?! Tá cega, PORRA?!

É... Como diz o velho ditado: simpatia, religião e política não se discutem!

29.9.05

Analfabeta


Departamento de Comunicação da PUC. Dois funcionários conversam:
- Recebi um e-mail muito bizarro!
- Sobre o quê?
- Uma garota perguntou como fazia para se ESCREVER no curso de Comunicação...
- E aí?
- Bem, eu falei que, se ela quisesse se INSCREVER, bastaria apenas prestar o vestibular. Já no caso de se ESCREVER...
- O que você falou?
- Disse que era para pegar uma caneta com a tinta bem forte, do tipo permanent maker, e escrever em qualquer parte do corpo!

É... faz sentido! (escrever no corpo, é claro...)

28.9.05

Natureza Ingrata


Na cozinha, converso com a empregada:
- A senhora conhece o lema do “arroz dos amigos”?
- Não, qual é?
- Unidos venceremos!
- Não entendi, meu filho...
- E o “arroz carnaval”, a senhora sabe qual é?
- Como assim?
- É esse aqui que estou comendo... Só sai em blocos!
- Ah, desculpa, meu filho! Eu esqueci de te avisar...
- O quê?
- É que a safra desse ano parece não estar muito boa, não...

Engraçado! Não é por nada não, mas... depois desse dia, a plantação de arroz nunca mais se dispôs a colaborar e manda sempre aqui para casa um tipo de arroz que fica grudento, papudo. Sei não... Até parei de reclamar com a empregada! Fazer o quê, não é? Tive de me conformar. Afinal, ainda não aprendemos a controlar totalmente a rebeldia da natureza...

FRASE DO ANO


"O PT é um partido que começou com presos políticos e pode acabar com políticos presos!"

José Simão - Folha de SP

27.9.05

Coisas da genética...



Nem tudo está perdido. Nesses dias, em que me parece faltar inspiração para escrever, felizmente, o RJ-TV tem me ajudado. Essa ocorreu há muito tempo. Coisa de cinco anos atrás...

Uma repórter, num hospital, pergunta a um funkeiro por que ele e seu grupo resolveram todos participar de uma campanha de doação de sangue. Ele respondeu:

- Porque a gente somos tudo sangue bão!

Sei não... mas esse negócio ficou meio ambíguo para mim e, creio eu, para você também.

Isso me fez lembrar aquela premissa do biscoito Tostines: Afinal, os funkeiros são sangue bão porque doam sangue ou doam sangue porque são sangue bão?

Ou ainda:

Eles são sangue bão porque são funkeiros ou são funkeiros porque são sangue bão?

É... vai entender! De repente, eles são sangue bom mesmo. Em todos os sentidos. Deve ser genético. Já eu que não sou funkeiro...

24.9.05

Ironia do destino



Não é por nada não mas... em terra onde até defunto leva bala perdida, a gente sabe, tudo pode acontecer...

Sexta passada, ao sair do velório da mulher, José Nogueira, de 52 anos, foi assassinado. Segundo parentes, ele ia em casa trocar de roupa para, em seguida, retornar ao enterro. No trajeto, bandidos entraram em seu carro, atiraram e jogaram o corpo para fora. José foi velado em sala vizinha à de Elizabeth, sua mulher. Os dois foram enterrados na sexta, às 16h55, no Cemitério de Inhaúma.

Fonte: O Dia On Line

23.9.05

Combatê-la ela já!


Diálogo com a empregada:

- Que preguiçaaaaaaaaaaa, D. Maria!
- Não fala essa palavra, menino! Quanto mais você diz isso, pior!
- Sério?
- É... "Preguiça" é uma palavra pesada!
- Hum...
- Se você não combatê-la ela, ela te pega, mas...
- Mas, o que, D. Maria?
- Se você combatê-la ela, ela vai embora...
- E se eu não quiser combatê-la ela, ela fica?
- Se você souber combatê-la ela, ela não fica!
- Combatendo-la ela, combatida-la ela estará?
- É.. agora fiquei na dúvida. Acho que sim.
- Sei...
- O mais importante é combatê-la ela.
- Que complicado, D. Maria! Estou ficando confuso com tudo isso!
- É porque "combatê-la ela" é igual àquele português de Portugal.
- Como assim?
- É porque a gente não entende!
- Ah... E, por acaso, o nosso português, a senhora entende?
- Claro!
- Então tá, né...

É... Depois desse papo, não tive como combater a preguiça. Preferi tirar um cochilo.

22.9.05

Você me deve um favor!


Dia desses, conversando com um amigo, descobri a definição para “obrigado”. Como a maioria das pessoas não sabe, assim que cheguei à faculdade, resolvi contar a X (protagonista do post “Na Matta com Letícia”) seu curioso significado:

- Você sabia que quando falamos “obrigado” isto quer dizer “sinto-me OBRIGADO em lhe fazer algo em troca"?

- Hummm, que legal! Nunca havia parado para pensar no que essa palavra tão corriqueira (para alguns, é claro) significava.

- É um gesto recíproco e inconsciente. Realmente, a gente diz sem pensar. A pessoa te ajudou, logo nada mais justo do que se comprometer em fazer o mesmo quando ela precisar...

- Bom saber isso... Agradecida!

21.9.05

Carta ao dePUTAdo



Televisão é mesmo surreal. Tem me rendido ótimos posts para este blog. A última veio do programa Canal Livre, da Band.

Em entrevista coletiva, um jornalista perguntou ao professor Luizinho, deputado federal do PT, se ele gastava o dinheiro público com prostitutas. Com raiva, respondeu:
- Você está me difamando, isto é uma injúria!

Bem, como o ROTINA ZERO também é cultura, me senti na obrigação de ajudar o professor a tirar sua dúvida. Resolvi escrever a seguinte carta:

Caro Sr. Excelentíssimo DePUTAdo,
Sei que o senhor é professor, tem o seu emprego e que, por isso, assim com Avril Lavigne, não precisa estudar. Contudo, gostaria de esclarecer alguns pontos que vossa excelência parece não saber: segundo o Manual da Folha de São Paulo, Calúnia / Difamação/ Injúria são todos crimes contra a honra, mas há uma graduação decrescente entre eles.

Caluniar é atribuir falsamente a alguém fato definido como crime. Por exemplo: acusar Severino Cavalcanti de receber o “mensalinho”. Todo mundo sabe que o cheque de R$7.500,00, dado por Sebastião Buani, era, na verdade, um empréstimo para pagar as despesas de campanha de seu filho, um defunto muito politizado.

Difamar significa imputar fato ofensivo à reputação. Então, dizer que no programa “Fora do Ar” (que, por ironia do destino, faz jus ao nome hoje) Hebe e Galisteu fazem comentários superficiais e sem nexo sobre a crise política atual é atribuir a elas uma ação que nunca desempenharam. Isto é difamar.

Por fim, Injuriar é nada mais do que ofender a dignidade ou o decoro de alguém. Dizer que o senhor é burro e corrupto, isso sim, é injúria. De forma alguma, devemos subestimar a astúcia, integridade e inteligência de nossos parlamentares.

Portanto, dePUTAdo, não se preocupe se tentarem difamá-lo, dizendo que gastou dinheiro público com prostitutas. Temos o conhecimento de que isso não se aplica ao senhor. O povo não é bobo: sabe muito bem o que é uma bela de uma sacanagem. Espero ter esclarecido suas dúvidas. Caso algum dia o senhor venha a ficar desempregado, lembre-se de que, por incrível que pareça, já foi professor e... estude!

Grato pela atenção,

Victor Barroco

20.9.05

Na matta com Letícia


No departamento de Sociologia, sentados num sofá próximo à porta, X e eu esperávamos para falar com o professor Burgos. Quinze minutos haviam se passado quando alguém surgiu na sala. Já ia me levantando para comprimentá-lo, mas... Não, não era ele. Era apenas um senhor, que passara ali para deixar alguns papéis com a recepcionista. X, então, me alertou:

- Aquele é o Roberto Da Matta!

- SÉRIO?!?!?!?!, retruquei.

Mal consegui me conter. Assim como toda criança intelijegue que se preze gosta de Xuxa, eu gostava dele. Afinal, leio todos os dias a sua coluna semanal.

- Esta pode ser minha única chance de pedir a ele que me explique seus textos, para que, finalmente, possa entendê-los, pensei.

De qualquer forma, como não o conheço, esperei que fizesse o primeiro contato. Roberto, como bom antropólogo que é, não foi etnocêntrico. Apesar de sua raça ser superior a nossa, nos cumprimentou com um “Olá, tudo bem?”. Timidamente, seguindo a mesma linha de contato, respondemos com um “Olá, Tudo bom”. Em seguida, sem coletar maiores dados a nosso respeito, ele se foi.

- Caraca, ele falou comigo! Não acredito!, gritei.

X, que é mais civilizada, advertiu logo meu estado de barbárie:

- Deixa de ser péla-saco! Você não vai evoluir, não? Fala sério...

Na saída, a caminho do ponto de ônibus, encontramos Y. Inspirada no ditado “quem tem boca faz fofoca”, X não se conteve:

- O Victor é ridículo. Ficou que nem um babaca só porque viu o Da Matta...

Y riu. Eu estava sem graça. Sem argumentos e, portanto, não podendo competir com seu alto estágio de evolução, olhei para o chão. Foi quando, para a minha surpresa, X começou a gritar:

- Ela é linda, ela é linda!

Sem entender muito bem o que se passava, perguntei de quem falava. X estava com muita euforia.

- A mulher que acabou de passar do meu lado... é linda!

(In)felizmente, estava mais distraído do que ceguinho da novela das oito em tiroteio. Não havia visto ninguém passar. Irritado, queria encerrar o assunto. Mas, X insistiu:

- A Letícia Sabatella, gente! Vocês não viram? Não acredito... Ela é linda!

Não é por nada não, mas fiquei pensando... Qual o problema em tietar um antropólogo? Só porque Letícia faz novelas na Globo, ela merece mais atenção? É... não sei. De repente, X também não compreende os textos de Da Matta. Nesse sentido, devo concordar com ela. Deve ser muito mais fácil entender a Sabatella...

A boa e a má notícia

Boa Notícia

O prefeito do Rio, César Maia, anunciou ontem o fim do blog que tinha criado e vinha sustentando debaixo de criticas do eleitor. Alega falta de tempo para se dedicar as suas leituras e ao exercicio do cargo executivo (...) Pára de operar no proximo dia 30, quando completa 2 meses e 1 semana de atividade.
Fonte: Site Blue Bus, 20/09/05

É... quem sabe, agora, ele pára de filosofar sobre indústrias argentinas ou sobre a crise política de lula, para tomar conta da cidade. O meu bairro está cheio de buracos!


Má Notícia

O SBT tirou do ar o talk show "Fora do Ar", que deu seis pontos em agosto. O programa de Hebe Camargo, Adriane Galisteu, Jorge Kajuru e Cacá Rosset(...)Em seu lugar, às 23h30, entra a série "Milagres: Entre o Céu e o Inferno". Oficialmente, a justificativa para a extinção do programa é o fim do contrato de Kajuru e Rosset (que vencem dia 30). Na última quinta, no entanto, era grande o desconforto na cúpula do SBT por causa dos comentários que Kajuru fizera sobre a prisão de Paulo Maluf, para ele a "notícia mais linda" de sua vida.

Fonte: Folha de São Paulo, 20/09/05

Fala sério... Que diversão terei nas quartas-feiras sem os comentários de Hebe e Galisteu sobre a conjuntura política nacional?

19.9.05

Ninguém merece!




Palestra na PUC. Na mesa, uma conhecida âncora; na platéia, pergunto:

- Que cursos você fez fora da PUC para melhorar seu currículo?

- Olha, eu fiz maquiagem! E foi muito importante para mim, porque eu acordo 4:30 da manhã! Daí, eu já chego na emissora maquiada, né? Adiantou e muito a minha vida! Agradeço até hoje meu professor. Mudou minha maneira de viver!

É... difícil dizer qual dos dois deveria ter ficado calado.

Reflexões inesquecíveis



"Eu acredito no amor, mas é melhor calar a boca antes que me crucifiquem!"

Após ler essa frase no banheiro da PUC, pensei:

- Por que será que algumas pessoas só refletem sobre certos atos, sobre a vida, depois de fazer bastante merda?

É... vai entender!

18.9.05

Todos os países são iguais?



Falta do que fazer é uma bosta. Mas, pelo menos, me rendeu este comentário.

A inspiração veio sábado à noite, durante programa “Amaury Júnior” em que, após reprisar mais uma de suas matérias inéditas sobre o Cassino Conrad e uma série de rasgações de seda (chinesa, é claro) com ilustres (des)conhecidos, assisti a uma entrevista com a patricinha americana mais famosa do mundo: Paris Hilton.

Paris estava em São Paulo, para o lançamento de seu novo perfume, no Terraço das Lu, quer dizer, da Slu ... Ih... daquela loja lá, onde os bacanas sentem orgulho em pagar R$3.000,00 num vestido que minha mãe compra um parecido por, no máximo, R$75,00 no centro do Rio.

Foi quando nosso querido apresentador a abordou, no melhor estilo “Vídeo Show”:

- Paris, o que você está achando do Brasil?

No que ela, mecanicamente, mas com a maior naturalidade respondeu:

- I love here. It’s a nice country. The people are so hot.

Engraçado… Não é por nada não... Mas... se não me falha a memória, acho que ela falou a mesma coisa quando foi ao México, Afeganistão, Botswana, Japão...

Melhor deixar isso para lá! Esse negócio de ser celebridade é muito complicado. Mas acho que já peguei o espírito da coisa. Como disse Avril Lavigne, “estudar é coisa de quem não tem emprego”. É... faz sentido!

16.9.05

Adquira já seu sonho por apenas 6X de R$168,00



REALIZE SEUS SONHOS. Era o que estava escrito num panfleto de uma financiadora deixado no pára-brisas de meu carro. No mesmo instante, pensei:

-Meu Deus, esta é a minha chance! Será um milagre?! Estão brincando com a minha cara? Bem, a única forma de tirar essa história a limpo era ligar para o número de telefone no verso e falar com um tal de Vinícius, quem sabe, meu futuro guru.

No caminho de casa, não parava de pensar nas futuras possibilidades de realizar meus sonhos. Quem sabe dessa vez eu não arranjo um estágio prático? Quem sabe eu não consiga curar meus complexos, me tornar um jornalista de sucesso ou mesmo aprender a escrever crônicas engraçadas! Dessa vez eu fico rico! A ansiedade quase me matou...

Ao chegar em casa, não hesite: apesar da fome, passei direto pela cozinha e fui para o meu quarto, mais especificamente em direção ao telefone, que fica preso à parede. Peguei o panfleto e disquei para o número.

- Alô, alô!?

Uma musiquinha dizia para aguardar o atendimento.

- Losango, boa tarde. Em que posso ajudar, senhor?

- Oi, eu gostaria de realizar meu sonho. Fiquei sabendo que vocês podem fazer isso!

- Sim, senhor! E qual o seu sonho, senhor?

- Eu quero ser um jornalista rico e famoso, reconhecido mundialmente!

- O senhor possui conta no banco? Cheque?

- Não?!

- Lamento, senhor. Dessa forma, não poderemos realizar seu sonho, senhor. É preciso ter conta no banco, há pelo menos uns 6 meses, senhor.

- Hum... E se eu tivesse uma conta no banco?

- Aí, senhor, a gente poderia realizar seu sonho, senhor.

- E é só isso? Basta eu ter uma conta que vocês realizam? Nossa, que fácil! Vou abrir uma conta agora mesmo!

- Mas o senhor tem que pagar, senhor!

- Como assim?! Quanto custa realizar meu sonho?!

- Depende do seu contra-cheque, senhor! Quanto é o seu salário, senhor?

- Em torno de R$300,00.

- Nesse caso, senhor, o senhor só poderá realizar um sonho de, no máximo, R$500,00, senhor.

- Nossa... só? É isso que custa um sonho?

- Sim, senhor! E o senhor ainda pode pagar em até 6 vezes!

- 6 vezes?! Ãh?

- Se o senhor pegar os R$500,00, o senhor paga em 6 x de R$168,00.

- Ah tá. Mas... isso dá R$1008,00! É mais do que o dobro, é um absurdo!

- São as regras, senhor. Cobramos taxa de juros de 12%, senhor!

- Taxa de juros???

- É a taxa que cobramos para realizar seu sonho, senhor!

- E desde quando se pode comprar um sonho?! Achei que você fosse realizá-lo... de graça!

- De graça, nem injeção na testa, senhor! É preciso comprar a agulha e seringa...

- Pois é!

- Realizamos o seu sonho desde que o senhor pague essa taxa, senhor!

- Eu não vou pagar para realizar sonho nenhum! Tá me achando com cara de trouxa?

- Não, senhor. De qualquer forma, quando quiser realizar seu sonho novamente, é só nos ligar, senhor. Temos os melhores sonhos pelos melhores preços e as melhores formas de pagamento!

- Tchau!

- A Losango agradece a sua ligação, tenha uma boa tarde, senhor!

Desiludido com tudo o que tinha acabado de ouvir, pensei:

- Seis de R$168,00 para ser um jornalista de sucesso, reconhecido mundialmente? Que merreca! Acho melhor eu procurar outra profissão...

O dia em que vi uma garça na PUC


É, caro leitor, pode parecer que o título não tem a ver com nada, principalmente com a foto. Mas, numa sexta-feira, você sabe, tudo pode acontecer. Inclusive o que vou relatar a seguir...

Desprovido da vontade de Getúlio de cometer suicídio, de Lula em ser omisso e, principalmente, de JK em ser paciente, decidi seguir corajosamente os passos de Jânio: entreguei os pontos e, definitivamente, renunciei.

Não vou mais me esforçar para prestar atenção nas aulas de política. Mesmo lendo jornal durante as tentativas de explicação, de vez em quando ainda dava uma "olhada" para me ligar na matéria. Agora, nem isso!

Antes de mais nada, é preciso esclarecer ao leitor que isso não é má vontade. Certamente, a culpa é de forças ocultas (lembrem-se que estou seguindo o exemplo de Jânio), ou melhor, de alguns eventos paralelos à aula ( barulho do ar condicionado, pessoas conversando ao lado, alunos indo ao toalete) que, queria eu ou não, tem um imenso poder de desconcentração. Super-homem não mais seria fresco e superaria facilmente sua fraqueza em relação à Kriptonita, se tivesse que suportar o que tolero.

Mas, independente desses acontecimentos estranhos, mesmo com o "nada", ainda assim é possível se desconcentrar. E, quem diria, a vítima mais freqüente é a própria “Inocência”, a professora. O motivo é obvio: a prolixidade de seus comentários é tão forte, que o feitiço acaba virando contra o próprio feiticeiro. Isso aconteceu outro dia, enquanto tentava explicar algo que não sei até agora:

- (...) porque... (pausa de1 minuto) Hobbes... (2 minutos) escreveu... (3 minutos) Onde é que eu estava mesmo hein!?

Ela, então, olha para cima, como quem não quer nada, nunca encarando os olhares dos alunos, e 4 minutos depois...

- Ah, sim! Porque Hobbes escreveu... ( 5 minutos ) Gente, o que foi que ele escreveu mesmo?

É por essas e outras que renunciei! Mas, enfim, voltando ao assunto...

Hoje, estava tão entretido na leitura do Globo que a aula acabara e nem percebi. Por um instante, eu até que gostei de estar ali. Se pudesse, juro, assistiria ao outro tempo dessa aula, só para terminar de ler o jornal.

Antes de sair da sala, porém, "Fulana", uma amiga que só costuma visitar a sala de Política quando está a passeio, queria saber o que tivera perdido na aula anterior.

"Não sei. Provavelmente nada", respondi.

Ela riu.

"Sou tão turista quanto você", completei.

Ela disse que não costumava vir, pois, como o leitor já sabe, as aulas dão voltas e mais voltas. Conclusão: você entra e sai do mesmo jeito. Quer dizer, não no meu caso. Pelo menos eu leio jornal...

Saímos da sala "elogiando" a excelência e qualidade do corpo docente de nossa universidade.

"Ela não sabe dar aula."

"Eu já desisti dessa matéria há muito tempo."

"Só venho por causa da presença, a aula é a mesma bosta sempre."

"É dose vir aqui na sexta só por causa dessa matéria."

E fomos falando coisas do tipo corredor afora. Ao passar pelo bebedouro, próximo ao banheiro masculino, Fulana apertou meu braço fortemente.

- Vamos beber água, ela disse.

Soltei-me e continuei a andar. Novamente, ela tornou a me apertar. Dessa vez o meu punho, com mais intensidade e com a unha.

- Vamos beber água, disse novamente.

Paramos. Foi quando reclamei:

- Porra, vai lá beber sua água, mas pára de apertar o meu braço, porque está machucando!

No mesmo instante, um vulto azul passara ao nosso lado. Era Inocência, com seu uniforme diário de professora. Por acaso, ela estava atrás de nós o tempo todo e ouvira toda a conversa.

- Caraca, Victor, tô te apertando há meia hora e você nada...

Eu, que sou cara-de-pau, começei a rir. "Fulana" também.

- Fazer o que, né?! Pelo menos, agora, ela já sabe o que pensamos. Morrer iludida, ela não vai! Ou melhora ou piora de vez a qualidade das aulas, falei.

Constrangidos ou não, continuamos a rir.

É... – concluí - depois de ter uma aula maçante de política, ter o punho todo arranhado, e ter pagado o mico de Inocência ouvir toda a lavagem de roupa suja, meu consolo foi se render ao falso apelo de "Fulana" e ir beber um pouco de água para relaxar...

O que isso tem a ver?


A aula, ou melhor, o monólogo prolixo e redundantemente redundante de Teoria Política é sempre animado, principalmente quando realizado na sexta-feira, às 7h. Enquanto alguém (diga-se passagem, EU) lê jornal, outros alunos dormem ou fingem (ou tentam) prestar atenção...

Mesmo assim, nesse horário, não há quem agüente. Apesar de usar o jornal para me distrair, o sono logo vem... Como bom aluno que sou, a fim de afastar essa preguiça, que só vem nas horas mais inconvenientes, resolvi ser mais participativo. Quem sabe ao incitar um debate com a turma, relacionando a matéria com o que lemos nos jornais, não tornaria o assunto mais interessante, mais próximo e, de certa forma, mais aplicável ao nosso cotidiano. Um Dia, então, perguntei:

- Professora, as pessoas de favela têm medo dos traficantes mais pelo poder político (aquele que utiliza a força) que exercem do que pelo ideológico ou econômico, concorda?

E ela respondeu (com a maior boa vontade):

- Ah.... (3 minutos de silêncio) Bem... (mais 2 minutos) É... (1 minuto e meio) Favela não é minha área de atuação. Eu prefiro não arriscar uma resposta.

Na aula seguinte, (ainda utilizando a mesma tática para quebrar o monólogo) uma nova tentativa:

- Professora, você acabou de dizer que uma das primeiras condições para que um Estado seja soberano é a manutenção da ordem. Em virtude disso, será que você poderia analisar rapidamente a situação atual do Iraque?

E, para minha surpresa, a resposta:

- Ah.... (3 minutos de silêncio ) Bem... (mais 2 minutos) É... (1 minuto e meio) Iraque não é minha área de atuação. Eu prefiro não arriscar uma resposta.

Por um momento, senti raiva.

“Será que ela só lê no jornal quem ganhou nota 10 e nota 0 ?”, perguntei a mim mesmo.

Esse sentimento, porém, logo passou. Foi quando percebi o quanto havia sido inconveniente ao fazer aquelas indagações.

“Talvez eu devesse fazer perguntas mais inteligentes. Iraque, favela... Enfim, essas não são minhas áreas favoritas de estudo, tampouco de atuação. Também não pretendo me tornar especialista nisso” - pensei.

A partir daí, decidi ser mais justo com ela e não forçá-la a falar sobre esses assuntos. Afinal, o que isso tudo isso tem a ver com política, não é mesmo? Iraque? Não sei nem onde fica; é muito longe! Favela?! Putz! Tão distante da nossa realidade burguesa da Zona Sul. Aquele povo que mora lá... um bando de animais! Quem liga? E, até onde sei, política é feita por gente!

Bem, o fato é que achei melhor eu parar de ficar perguntando essas inutilidades. Resolvi seguir aquele velho ditado: “se for para falar (ou perguntar) merda, é melhor ficar calado.” Foi por isso que eu desisti de participar da aula e voltei a ler o meu jornal, quieto, na minha, como sempre...

13.9.05

Cinco perguntas que não querem calar sobre a novela das oito




1. Por que a ceguinha usa óculos?

2. Como é que Sol atravessa a fronteira do México e já está em Miami?

3. Onde os personagens arranjam tanto dinheiro para ir a Miami? ( Seriam eles coniventes com o mensalão? )Como chegam lá tão rápido? E o visto?

4. Por que a Consuelo não fala espanhol (pelo menos com aquele sotaque tosco igual nas novelas italianas)?

5. Miami só tem uma boate? E por que o Dj sempre toca a mesma música? Por que sempre as mesmas pessoas?

6. Como Jatobá – o ceguinho chato ( nada contra os cegos ) – consegue jogar pingue-pongue, dirigir carro e fazer outras coisas bizarras que só ele faz e nem eu faço?

Por favor, quem souber a resposta me avise! Glória Pérez, por favor, mentir, mesmo sob licença poética, tem limite, né?( risos. )Quem também tiver mais perguntas, por favor, não deixe de notificar o ROTINA ZERO.

Pérolas Preciosas




"Fui para o Brasil... representar o Brasil no exterior".

Severino Cavalcanti,
(ex?) presidente da Câmara dos deputados

homenagem à samANTHA (a única com H)*



*Para entender melhor o poema, leia antes o post "Katrina Secrets"

Samantha
Fanta?
Não.
Anta!

Samantha
Treme!
creme?
Xiiiiiii...

Samantha
Noção
Sem
Sim

Samantha

Comoção?
Em vão...

Samantha
Vergonha!
Pamonha?!
Tristonha!

Samantha
Útil?
Fútil
Inútil

Samantha
Insensível
invisível
Perecível

Samantha
Inteligente
Detergente
Incompetente
né gente?

*Crédito da foto: Desnecessário dizer que foi no Google, né, pessoal? Ou vocês ainda não perceberam? ( Risos )

Homenagem à Trina II

12.9.05

Homenagem à Trina

Eu, não; ele, sim!


Não sou perdulário.
Ele, sim!

Não sou vagabundo.
Ele, sim!

Não sou convencido.
Ele, sim!

Não sou inconveniente.
Ele, sim!

Não me submeto a qualquer coisa.
Ele, sim!

Não saio por aí me comparando aos outros.
Ele, sim...

*Crédito da foto: Google

11.9.05

Crônica: Katrina Secrets



Como de costume, sempre que chego na academia fico cerca de dez minutos fazendo uma social na recepção. Após comentar com uma das recepcionistas sobre assuntos banais, como dormir à tarde, tomar açaí, resolvi falar sobre algo relevante que acontecera naquela semana: o furacão KATRINA.

Ao conversar sobre a desgraça, contei que um dos locais devastados – Gulfport - era justamente onde passei parte de meu intercambio cultural. Assim que soube da tragédia, uma de minhas primeiras preocupações fora entrar em contato com Trina, a minha mãe americana. Ela, infelizmente, perdera tudo. Restava-lhe apenas a roupa do corpo e o carro.

Apesar de gripada e com a voz um pouco abatida, Trina contou por telefone que estava bem. Sua única preocupação naquele momento era como reconstruir sua vida. O colégio onde lecionava fora destruído. Sem lar, ela agora vive de favor na casa de um primo, que mora no Alabama.

“Samantha” disse que lamentava pelo ocorrido. Eu também. Um repentino silêncio tomou conta de nós. Momento de reflexão? Quem sabe... Foi quando, do nada, ela perguntou:

- Poxa, agora que eu me toquei! Ela mora nos Estados Unidos, né? Vê se você consegue para mim um hidratante da Victoria Secrets!

É... – pensei - nem tudo está perdido quando se tem creme da Victoria Secrets ao seu alcance. Trina, pelo menos, têm essa sorte. Já "Samantha"....

Inocência Perdida - Série Degradação Humana


A boneca esquecida no lixo representa perfeitamente o estado de abandono em que vivem as crianças do nosso Brasil ( Nosso??? É, se esse país fosse um exemplo, até teríamos esse sentimento, mas... ). Sem escola, comida, saneamento básico, que perspectiva elas terão quando tornarem-se conscientes do seu papel na sociedade? (Aliás, que papel? Nessas condições é impossível pensar em desempenhar alguma função.) Em meio ao lixo, elas brincam sem saber direito o futuro terrível que, provavelmente, terão. Uma solução? Quem sabe um mensalão! Afinal, R$10, 20 reais do bolsa família não dão para fazer quase nada. Já R$30.000,00... Bem, aí o negócio é outro!

*Crédito da foto: Victor Barroco - 10/09/05 - Aterro de Gramacho, RJ.

10.9.05

Degradação Humana


É incrível o nível ao qual chegamos em relação à degradação do ser humano. Enquanto em Brasília o mensalão "rola solto", enriquecendo políticos ilicitamente, em Gramacho, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, a situação dos catadores de lixo é deplorável. Pessoas disputam o lixo não só com seus colegas, mas também com porcos. Será mesmo que o Brasil é "UM PAÍS DE TODOS", como diz o governo federal? Acho que não. Seria mais honesto se o slogan fosse "UM PAÍS DE TOLOS"...

"Façamos a revolução antes que os políticos a façam!"

*Crédito da foto: Victor Barroco, tirada em 10/09/05 em visita ao Aterro de Gramacho.

31.8.05

O furacão não é só lá....



Se por um lado Katrina destrói os estados do Mississippi, Louisiana e Alabama, aqui no Brasil o furacão do mensalão está destruindo toda a nação brasileira.


*Crédito da foto: Autor desconhecido. Retirada do banco de imagens do Google.

29.8.05

Por uma vida sem rotinas


Bem-vindos ao Blog! Finalmente tomei coragem para entrar na internet e, enfim, pôr em prática o que venho aprendendo no curso de Jornalismo da PUC-Rio. A minha intenção é postar assuntos aleatórios, para quebrar a tradicional rotina. Ou mesmo comentar os assuntos em voga, mas sob uma outra ótica. Talvez com uma certa ironia, um humor leve. Abraços a todos.

*Crédito da foto: banco de imagens do Google.

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